sexta-feira, 10 de maio de 2013

VIGÍLIA DE PODER

A MORTE DA MORTE NA MORTE DE CRISTO


Por Roberto do Amaral Silva

O titulo acima é de uma obra de John Owen, escritor e teólogo, publicada em 1647. Não nos interessa aqui o conteúdo desse livro (de cunho polêmico), cujo objetivo é defender a redenção efetuada por Cristo na cruz apenas para os eleitos e predestinados, conforme ênfase da doutrina da predestinação de João Calvino e teólogos calvinistas.

O título sim, nos chama a atenção: “A morte da morte na morte de Cristo”. Mas o que significa, afinal, a palavra “morte” nas três vezes em que ocorre nesta sentença?

Em primeiro lugar, todos os homens são pecadores e, por isso, sujeitos à morte física e espiritual. Aqui, nos referimos à segunda menção da palavra “morte”. De acordo com a Bíblia, “o pecado entrou no mundo por um homem, e pelo pecado a morte, assim também a morte veio a todos os homens, porque todos pecaram” (Rm 5.12 – NVI). É a morte do corpo e da alma. Enquanto a morte física separa a alma do corpo, o qual retorna à terra, a morte espiritual afasta o homem de Deus. E o pecado é o causador dessa separação. O profeta declara: “Mas as vossas iniqüidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que não vos ouça” (Is 59.2). Que tristeza! Tanto a morte física quanto a morte espiritual constituem a grande tragédia da humanidade.

Em segundo lugar, essas duas mortes, física e espiritual, morrem na vida dos que estão em Jesus Cristo. Quer dizer, a morte que tanto nos aflige e nos tira a alegria já tem sua morte decretada em Cristo. Essa é a morte mencionada primeiramente no título. Em outras palavras: a “morte morre”. A morte morre? Estranho, não é? Bem, a morte eterna, que é a finalização da morte espiritual, já morreu antecipadamente para quem vive para Deus. Jesus diz: “Na verdade, na verdade vos digo que quem ouve a minha palavra, e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna, e não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida” (Jo 5.24). Por isso, Jesus foi levantado na cruz e crucificado “para que todo o que nele crê tenha a vida eterna” (Jo 3.15). A vida eterna anula a morte eterna, a separação definitiva entre o ser humano e Deus. Logo, a vida eterna já nos é assegurada em Cristo nesta vida.

Quanto à morte física, sabemos que não escaparemos dela, a menos que Cristo volte antes que ela ocorra. Felizmente, há uma certeza para nós: “Ora, o último inimigo a ser aniquilado é a morte” (1Co 15.26). Quando se dará? Na ressurreição dos mortos em Cristo, por ocasião da volta do Senhor Jesus. Em 1Coríntios 15.50-55, Paulo diz que quando o nosso Senhor retornar à terra, os vivos subirão com os corpos transformados, isto é, corpos íntegros e imortais. Então, se cumprirá a Palavra de Deus: “Tragada foi a morte pela vitória” (1Co 15.54). Em 1Tessalonicenses 4.16,17, lemos que os que morreram em Cristo ressuscitarão e os que estiverem vivos serão arrebatados com eles para viverem eternamente com o Senhor Jesus. Já em Apocalipse 21.4, está escrito: “E Deus limpará de seus olhos toda a lágrima; e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor; porque já as primeiras coisas são passadas”. Isto é, a morte física terá seu fim.

Em terceiro lugar, a morte da morte só é possível na morte de Jesus Cristo. Essa morte é a terceira referida do titulo. É a “morte” de Cristo que causa a “morte” das “mortes” física e espiritual. Complicado? Vejamos. Em 2Timóteo 1.10, Paulo escreve que Jesus Cristo não só destruiu a morte como também trouxe a vida e a imortalidade. Lemos, em Hebreus 2.14,15, o seguinte: “E, visto como os filhos participam da carne e do sangue, também ele participou das mesmas coisas, para que pela morte aniquilasse o que tinha o império da morte, isto é, o diabo; e livrasse todos os que, com medo da morte, estavam por toda a vida sujeitos à servidão”.

Quando Cristo morreu na cruz, fazendo-se maldito em nosso lugar, teve o propósito deliberado e planejado de nos conceder vida eterna.

Concluímos dizendo que a morte da morte na morte de Cristo é um fato que nos deve levar a amar mais o nosso Senhor. Por que Jesus Cristo teve de passar pela morte? Para anular a morte, que foi decretada contra nós por causa do pecado. A morte física, que desaba sobre nós como uma guilhotina sobre a cabeça do condenado, e a morte espiritual, que traz a conseqüente e terrível morte eterna, são inevitáveis resultados do pecado. Mas a vitória do cristão está garantida, como diz o apóstolo: “Graças a Deus, que nós dá a vitória por intermédio de nosso Senhor Jesus Cristo” (1Co 15.57).

 

PODEROSA VIGÍLIA

Nova descoberta dá credibilidade à história de Sansão


Uma pequena pedra encontrada em Israel pode ser a primeira evidência arqueológica da história de Sansão, o fortão mais famoso da Bíblia. Com menos de uma polegada de diâmetro, a gravura esculpida mostra um homem com cabelos longos lutando contra um grande animal com rabo de felino. A pedra foi encontrada em Tell Beit Shemesh, nos montes hebreus próximos a Jerusalém, e data aproximadamente do século XI antes de Cristo. Biblicamente falando, nessa época, os judeus eram conduzidos por líderes conhecidos como juízes, e Sansão era um deles. A pedra foi encontrada em um local próximo ao rio Sorek (que marcava a antiga fronteira entre o território dos israelitas e o dos filisteus), o que sugere que a gravura poderia representar a figura bíblica.
Sansão, um personagem do Antigo Testamento que se tornou lenda [sic], tinha uma força sobrenatural dada por Deus para vencer os inimigos. A força, que Sansão descobriu ao encontrar um leão e matá-lo com as próprias mãos, vinha de seu cabelo. Sansão, que matou mil filisteus armado apenas com uma mandíbula de asno, foi seduzido por Dalila, uma filisteia que vivia no vale de Sorek. Ela cortou os longos cabelos de Sansão, o que fez com que ele perdesse a força e fosse aprisionado pelos filisteus, que o cegaram e o obrigaram a trabalhar moendo grãos em Gaza.
De acordo com o Livro dos Juízes, Sansão retomou sua força e derrubou o templo de Dagon sobre ele mesmo e muitos filisteus, “assim foram mais os que matou ao morrer, do que os que matara em vida”.
Apesar da evidência circunstancial, os diretores da escavação, Shlomo Bunimovitz e Zvi Lederman, da Universidade de Tel Aviv, não afirmam que a imagem da gravura represente o Sansão bíblico. É mais provável que a gravura conte a história de um herói que lutou contra um leão [curiosamente, se fosse o personagem de uma história secular, dificilmente haveria dúvidas sobre as “coincidências” – MB]. “A relação entre a gravura e o texto bíblico foi feita por acaso” [!], anunciou o jornal israelenseHaaretz.
Os arqueólogos também encontraram um grande número de ossos de porco próximo a Sorek, mas só no território filisteu. No território israelita, não acharam quase nenhum, o que sugere que os israelitas teriam optado por não comer carne de porco para se diferenciarem dos filisteus [Ou por obedecerem às leis dietéticas da Bíblia? Lv 11].
“Esses detalhes dão um ar lendário ao processo social, no qual dois grupos hostis delimitaram suas diferentes identidades, assim como acontece em muitas fronteiras, hoje em dia”, disse Bunimovitz a Haaretz.



Fonte: Arqueologia Bíblica 

Os 07 Sinais da Volta de Cristo



Bíblia Glow ganha versão para iPad e iPhone


Usuários de aparelhos da Apple podem adquirir a Bíblia Digital Glow que ganhou versões para iPad e iPhone.
Desenvolvida em parceria entre a Sociedade Bíblica do Brasil e a Immersion Digital, a Bíblia Glow é a maneira inovadora de ler e aprender mais sobre a Palavra de Deus.
Com este aplicativo é possível consultar todos os 66 livros da Bíblia, acompanhar um Atlas com locais bíblicos e ainda fazer passeios virtuais com vídeos que giram em 360 graus.
Na loja da Apple Store é possível encontrar duas opções, a primeira é grátis e vem apenas com algumas funcionalidades, já a versão completa é paga.
São diversos recursos que a Bíblia Glow oferece ao usuário, além dos já citados é possível ver um documentário, produzir apresentações, incluir um diário, fazer planos de leitura e ainda escolher entre as versões Nova Tradução na Linguagem de Hoje (NTLH) ou King James Version (KJV).
A Bíblia Glow já soma 1 milhão de downloads em todo o mundo.

Livro sagrado hindu pode substituir Bíblias em hotéis


Livro sagrado hindu pode substituir Bíblias em hotéisLivro sagrado hindu pode substituir Bíblias em hotéis
Inspirado nos Gideões, grupo quer divulgar material hindu
Os Gideões são um grupo cristão que se orgulha de ter distribuído mais de 1,7 bilhão de Bíblias em todo o mundo, desde sua fundação em 1908.
Mais de um século depois, um grupo hindu pretende fazer algo similar com o texto sagrado hindu chamado “Bhagavad Gita”. O termo traduzido literalmente significa “música de Deus” e conta uma discussão entre Krishna e seu aluno, Arjuna, revelando a identidade espiritual e relação com os deuses.
Vaisesika Dasa, fundador e presidente do “projeto Gita”, grupo responsável pela ideia, afirma que já distribuiu cerca de 150 mil cópias do Bhagavad Gita, em 1.100 hotéis na região de San Francisco, Estados Unidos. Dasa enfatiza que seu objetivo é distribuir pelo menos 1 milhão desses livros este ano para “proporcionar conforto às almas das pessoas que viajam, dando-lhes conhecimento espiritual.”
A iniciativa surgiu de uma parceria com o Milan Doshi e Dilip Patel, que trabalhou com a indústria hoteleira por mais de três décadas. Dasa explica que conhece o efeito positivo que a Bíblia tem sobre os hóspedes de hotel, mas acredita que o Gita pode oferecer algo similar para os que continuam sua busca espiritual. Além disso, muitos já conhecem o conteúdo da Bíblia, enquanto o Gita é uma “novidade”.
Ele destaca que muita gente ficou desconfiada, mas acabou aceitando. Fundamental também foi o apoio da Sociedade Internacional para Consciência de Krishna, rede sem fins lucrativos de mais de 500 templos, escolas e comunidades nos Estados Unidos, Canadá e Grã-Bretanha.
Seus membros doaram dinheiro para vários programas de extensão, incluindo a distribuição do livro sagrado hindu. De modo similar aos Gideões, eles contam com voluntários para ajudar na entrega em hotéis e escolas interessadas.
O hinduísmo é a terceira maior religião do mundo, depois do cristianismo e do islamismo. Acredita-se que são mais de 1 bilhão de seguidores em todo o mundo. A grande maioria está na Índia, onde são 80% da população.
Manu Patel é o proprietário de um hotel Days Inn no Estado do Oregon. Ele pediu os Gitas para seu hotel e diz que a resposta tem sido muito positiva. ”Muitos clientes vêm até a recepção e pedem uma cópia para levar para casa”, disse à CNN.
“O Bhagavad Gita proporciona profundidade de conhecimento, mas não é muito conhecido pelas pessoas nos países ocidentais. O conceito de natureza, espiritualidade e deuses descritos neste livro sagrado devem ser compartilhado para o benefício de toda a humanidade”, disse Jitu Ishwar, que possui quatro hotéis na Califórnia.
Em 2012, uma rede de hotéis da Inglaterra recebeu criticas por trocar as Bíblias nos quartos de hotel pelo livro erótico “50 Tons de Cinza”. Com informações de CNN.

A Cura do Paralitico- Um Buraco no telhado


Um Buraco no Telhado (Mc. 2: 1-12)

                                   Residente em Cafarnaum viajava muito, retornou de uma viagem, em sua casa, deparou-se com um ajuntamento de pessoas dentro e fora de sua casa, e anunciava o Evangelho a todos. A Multidão foi se ajuntando de tal modo que estava praticamente impossível chega até Jesus dentro de casa. Nisso quatro homens trouxeram um paralítico, e não podiam se aproximar dele por causa da multidão. Traçaram um plano de conduzir o paralítico abrindo um buraco no telhado. A operação exigia força e muito cuidado. Assim mesmo realizaram a operação usando muita força e cuidado para não derrubar o paralítico de cima da casa, arrumaram cordas, e sabe lá com que autorização abriram um buraco no telhado da residência e conduziram o portador de deficiência até Jesus pelo buraco que haviam feito no telhado. 
         Jesus não se importou com o buraco que haviam feito, mas admirou da fé daqueles homens. Na atitude desses homens encontramos qualidades básicas para buscar e alcançar um Milagre.



Vigilância: Ficaram de plantão aguardando a volta de Jesus
Paciência: Esperaram pacientemente até Jesus retornar de sua viagem.
Compaixão: Eles se compadeceram daquele paralítico que jazia no leito;
- União (trabalho em Equipe): Os quatro se Uniram em apenas um Objetivo leva aquele até Cristo para que fosse curado
Perseverança: Ao ver a multidão impedindo o trânsito não se intimidaram em avançar em direção a Cristo;
Criatividade: Ao se deparar com as dificuldades não entraram em desespero, pensaram numa saída.
- Ousadia: Subiram no telhado e fizeram um buraco
Esforço: Nem a Distancia, nem a multidão, nem o sacrifício de pôr o homem pelo telhado, nada serviu de barreiras para eles.
: A Fé deles era tão grande que Jesus ficou admirado.

Resultado: O Paralítico foi perdoado de seus pecados e curado da paralisia, saiu andando carregando a sua cama e a multidão glorificava a Deus.

O Poder de Perdoar Pecados (Mc. 2: 6,7)

                                   Os Escribas arrazoavam no seu coração: ... Quem pode perdoar pecados senão Deus? Não sabiam eles que o Deus Filho estava ali com Poder de perdoar pecados, curar, libertar... (Mt. 28: 18/ Cl. 1:14/ Cl. 2:9)  O único pecado que Cristo não perdoa é a Blasfêmia contra o Espírito Santo. Cabe apenas a parte ofendida, o Espírito Santo, a liberar o perdão, mas Não perdoa, porque há limites para ofensas a Deus. 

                             O Poder de ver o Coração do Homem (Mc. 2: 8)

                                   O Termo Coração é utilizado pelos escritores sagrados para designar a mente, a alma, os pensamentos, o interior do ser humano, e órgão propriamente dito. O Deus Onisciente Cristo Jesus podia ver o Coração de todos que lhes cercava. Nada fica oculto diante dele.

Entra Paralítico e sai Andando (Mc. 2: 9-12)


  
                                 Trouxeram até Jesus um Homem Pecador e Paralítico deitado numa cama pelo telhado. Diante de todos; aquele homem recebe animo obtém o perdão e recebe uma ordem que para ele era impossível: ‘Levanta-te, e toma o teu leito, e anda?’ Houve um impacto enorme dentro dele, ele sentiu forças em suas pernas novamente teve animo, levantou pegou a cama e andou diante de todos. A Multidão não se conteve diante da cena, admirada Glorificava a Deus: ‘Dizendo Nunca tal vimos’.

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Conheça a AD de Deus Chamada da Última Hora

ADORAÇÃO - EVANGELISMO - COMUNHÃO - DISCIPULADO - MINISTÉRIO. 

*O QUE É IGREJA COM PROPÓSITOS ? Igreja com Propósitos é uma proposta de igreja saudável que prepara a equipe de liderança com uma abordagem única, baseada na Bíblia, para estabelecer, transformar e manter uma igreja equilibrada e que procura cumprir os propósitos dados por Deus para a adoração, comunhão, discipulado, ministério e evangelismo.Qual é a visão das Igrejas com Propósitos?Proporcionar um movimento em todo o mundo de igrejas saudáveis produzindo vidas dirigidas por propósitos. Queremos ver a Igreja:►Saudável e equilibrada.►Criando comunidades com vidas transformadas►Cumprindo os propósitos bíblicos.►Encorajando a salvação, o crescimento e o desenvolvimento de uns para com os outros.►Inteiramente consciente e mobilizada para cumprir o plano intencional e o mandamento para uma igreja com propósitos.►Encorajando outras igrejas em seu crescimento. Somos uma Comunidade Cristã,adorando com muita alegria ao Nosso Criador! Você e sua família são nossos convidados á participar de nossas reuniões:
SEGUNDA,QUARTA,SEXTA,SÁBADO E DOMINGO 19 HS
Rua Alfredo Lorenz,914-pq.Lígia -Ponto final do onibus Pq.do Engenho -próximo ao colégio Maria Rita

TODO PRIMEIRO E TERCEIRO SÁBADO DE CADA MÊS TEMOS VIGÍLIA

Informações ligue:11-4115-4368 fixo    ou 11-95329-8226 tim

quinta-feira, 18 de abril de 2013

Visite a Rádio duCÉU Fm


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O Livro da Vida


Definições

 “LIVRO DA VIDA– Registro, mantido por Deus, dos que hão de herdar a vida eterna (Dn 12.1; Ap 13.8). Bem –aventurado o que tem o seu nome registrado neste livro, pois somente assim poderá entrar na cidade cujo arquiteto e construtor é o próprio Altíssimo.”  Claudionor Corrêa de Andrade – Dicionário Teológico – CPAD 

“LIVRO DA VIDA – Nas cidades da antiguidade os nomes dos cidadãos eram incluídos num registro até à ocasião da sua morte; depois, seus nomes eram cancelados do livro dos viventes. Essa mesma idéia aparece no AT (Ex 32.32-33; Sl 69.28; Is 4.3). A partir da idéia de as pessoas serem registradas no livro divino dos vivos (ou dos justos) surge a idéia de elas pertencerem ao reino eterno de Deus ou possuírem a vida eterna (Dn 12.1; Lc 10.20; Fp 4.3; Hb 12.23; Ap 13.8; 17.8; 20.15: 21.27). O fato de Cristo dizer que nunca apagaria o nome do vencedor do livro da vida (Ap 3.5), é a afirmação mais enfática possível de que a morte nunca nos poderá separar de Cristo e sua vida (cf. Rm 8.38-39)...” A. F. Johnson – Enciclopédia Histórico-Teológica da Igreja Cristã – vol.II – Ed. Vida Nova.

INTERPRETAÇÕES

Êxodo 32.32,33 – A maior parte dos teólogos não acredita que havia o conceito do Livro da Vida já nos dias de Moisés, as idéias mais comuns acerca deste texto são: O arrolamento -  registrado no primeiro capítulo do livro de Números, que determinou o número dos vivos, em Israel. Moisés temia que a ira divina viesse  a extinguir virtualmente o povo de Israel, e pensou ser melhor que ele não mais fizesse parte da lista dos cidadãos do que restar coisa alguma do povo de Israel. Metaforicamente falando – o registro da comunidade teocrática... Isso poderia significar aqueles aqueles que pertenciam à comunidade espiritual, e não apenas à comunidade física. Àqueles que estão vivos na terra  - ou seja, os vivos em contraste com os mortos. A mesma lista de referências é dada nesta e na possibilidade anterior. Os pecadores morrem cedo! Os justos têm vida longa (Sl 91.16). O livro de Deus é o conhecimento que Deus tem daqueles que viverão, e não algum livro literal com nomes escritos.  (R.N. Champlin, Ph.D – O Antigo Testamento Interpretado Versículo por Versículo – vol. 1- Candeia).

 Ap 3.5 – A metáfora [sf (gr metaphorá) Ret Emprego de uma palavra em sentido diferente do próprio por analogia ou semelhança: Esta cantora é um rouxinol (a analogia está na maviosidade). – Dic. Eletrônico Michaelis).]. do livro que está diante de Deus com os nomes dos santos aparece muitas vezes (Ex 32.32; Sl 69.28: Lc 10.20: Fp 4.3; Hb 12.23: 13.8; 17.8; 20.12,15; 21.27). O livro da vida de Deus com os nomes dos santos assim como um registro civil contém o nome dos cidadãos vivos. A forma da promessa na nossa passagem dá certeza de salvação no Reino de Deus, quando este for estabelecido (Apocalipse – Introdução e Comentário – George Ladd – Edições Vida Nova) Champlim acerca deste texto diz:            
“ ...de modo nenhum apagarei o seu nome do livro da vida...” Os crentes de Sardes tinham um “grande nome” como de quem “vivia”, isto é, como quem possuía elevada vida espiritual. Mas tal fama era mentirosa, era um ludíbrio. Mas os poucos crentes, que dariam ouvidos às exigências expressas nesta carta a Sardes, teriam os seus “nomes” escritos no livro da vida.
A metáfora[1]. (Pode-se comparar essa metáfora com os trechos de Êxo. 32:32 e ss. E Sal. 69:28, onde se lê acerca do “livro de Deus” e do “livro dos vivos”). Na antiga nação de Israel, tal como em outras culturas, havia o registro dos cidadãos..... Ter o próprio nome “apagado”  equivale a perder a cidadania e seus previlégios. Era um pequeno passo, desde esse antigo costume, até à imaginação que Deus conserva um livro onde são registrados todos os nomes dos verdadeiros cidadãos dos céus. Ali os nomes podem ser escritos ou apagado, tal como em situações terrenas. Conseqüentemente, as bênçãos da “cidanania”, nos lugares celestiais, dependem do que for feito com o nome de alguém. O vidente João mostra-nos que para que o nome de alguém seja registrado ali, ficandoassim assegurada a “sua salvação” e “glorificação”, depende do queos homens façam com as advertências de Cristo e com ele mesmo. O livro de Jubileu exibe o típico ponto de vista «arminiano», ao declarar que os indivíduos que se voltam para o pecado e para a iniqüidade, podem ter seus nomes apagados do Livro da Vida, mesmo depois de terem sido ali registrados ( ver Jubileus 30:22).... O Novo Testamento Interpretado Versículo por Versículo – Vol. 6 – NR. Champlim, PhD – Editora Candeia. 
Referências ao Livro da Vida:  Salmo 69.28; Daniel 12.1; Filipenses 4.3. Ver outros trechos: Lucas 10.20 e Hebreus 12.23.
 

O que acontece com os que morrem em Cristo?


Considerações
              A morte é uma das duas realidades incontestáveis. A primeira é a própria vida, e uma vez definida a existência de um ser criado, (sim, porque Deus é o Criador, existe, porém não morre), é lógico depreender que ele virá a fenecer.             
              Num certo sentido a morte (do grego: qa/natoj [thanatós – aparece 120 vezes no NT grego – significando: morte, separação da alma do corpo pela qual a vida na terra fica terminada], tem considerações escatológicas.             
              Da realidade da morte algumas perguntas poderiam surgir. Em uma de suas obras R. C. Sproul apresenta uma lista. [1] Vejamos:
  • Os santos do AT tinham certeza de uma vida pessoal depois da morte? R: Parece que aos judeus do período veterotestamentário era grande essa discussão. O conceito de vida após a morte no AT (indicado pela freqüente menção da palavra Sheol [2]), é um tanto vago; a morte é descrita como um lugar  além do túmulo para onde vão as pessoas boas e más. Vejamos as colocações de Jó (Jó 14.14 – mostra um momento de desesperança – Jó 19.25 – mostra-se confiante. Davi estava certo de ir até a criança morta (2 Sm 12.23), o que pode demonstrar a sua confiança na vida após a morte. A realidade da vida futura não era desconhecida entre os santos do AT.
  • Os judeus crentes do AT foram para o céu, ou havia uma “sala de espera” para eles até a morte e ressurreição de Jesus? R: A igreja Católica Romana tem a doutrina do limbo[3]. Alguns interpretam o texto de 1 Pedro 3.19 como Jesus indo pregar aos santos do AT  identificados aqui como “espíritos em prisão”, que estavam sendo mantidos cativos até que a Redenção de Cristo fosse completada. Jesus os libertou para entrarem no paraíso com ele (Ef 4.8,9)[4]. Jesus era o “primogênito dos mortos”; Ele foi primeiro ao lugar dos mortos, (seio de Abraão[5]) e conduziu os cativos levando-os para o seu futuro de glória.
  • A Bíblia nos diz como será o céu? R: Apocalipse 21 e 22. Alguns entendem estes textos são puro simbolismo. Todavia, os simbolismos apontam para algo mais sublime.
  • Se o céu é o destino último para o cristão, por que a Bíblia apresenta tão pouca descrição a seu respeito? R: céu (do grego ou)rano/j [uranós] – aparece 272 vezes no NT grego). É muito difícil discutir algo que nunca experimentamos, talvez seja por isso que a Bíblia use tantas analogias acerca do céu. A sublimidade do céu é algo que transcende a nossa capacidade de antecipar (1 Co 2.9). A Bíblia diz o que o céu não é ( ler Ap 21.4).
  • Existem graduações no céu pelas quais, como resultado de uma vida de boas obras, um cristão tem uma posição mais alta ou uma qualidade de vida melhor do que alguém que escapa por um fio no último suspiro? R: Alguns teólogos têm o entendimento que haverá essa graduação, com base em alguns textos (Lc 19.11-27; 2 Co 5.10, 1 Co 3.14,15; Dn 12.3). A diferença nos galardões ou nos graus de satisfação no céu é em geral descrita em termos de circunstâncias objetivas. Por exemplo, podemos supor que um cristão muito fiel receberá um quarto grande na casa do Pai; um crente menos fiel receberá um quarto pequeno.[6]
  • Nós nos reconheceremos uns aos outros no céu? R: Nenhuma referência bíblica afirma especificamente que nos reconheceremos uns aos outros. Mas o ensino implícito das Escrituras é tão intenso e poderoso que não creio que não haja realmente qualquer dúvida de que seremos capazes de reconhecer uns aos outros no céu.[7]
  • Quando uma pessoa morre, para onde vão seu espírito e seu corpo até a Segunda Vinda? R. Essa colocação é chamada de Estado Intermediário. Alguns defendem que a alma fica “dormindo” ou “descansando”, baseando-se em textos como: 1 Ts, 4.13; 1 Co 15.18,20; (ler e explicar cada um destes textos). Quando o texto usa a palavra “dormem” para designar a morte dos santos, usa-a como uma figura retórica, como um eufemismo. Compare os textos de Hb 3.11,18 com relação a peregrinação de Israel à Terra Prometida e Hb 4.9-11 com relação ao “descanso” que aguarda os crentes.
Ao morrermos a alma vai estar com Deus (ler Lc 23.43 – o ladrão na cruz; Lc 16.19-31 – o rico e Lázaro). Ler Apocalipse 6.9-11; Mt 17.3,4.
O corpo deve voltar ao pó – ler Eclesiastes 12.7; Gn 2.7.
  • O que acontece com as crianças que morrem antes de poderem aceitar o evangelho? R: O NT não propõe um ensinamento explícito sobre o assunto, todavia, de acordo com minha tradição teológica, creio que as crianças que morrerem ainda pequeninas são contadas entre os redimidos. (Argumentar)
Muitas dessas perguntas apresentam um elevado grau de dificuldade para obtermos a resposta. Certo é que, Deus não diz tudo o que desejamos saber, mas diz tudo o que precisamos saber.

O que é batismo de fogo em Lucas 3.16


“O QUE É BATISMO DE FOGO EM LUCAS 3.16” 
 ... ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo.  ARA 
... este vos batizará com o Espírito Santo e com fogo.  ARC 
... Ele os batizará com o Espírito Santo e com fogo. BLH 
...ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo.  TRADUÇÃO BRASILEIRA 
…Ele os batizará com o Espírito Santo e com fogo.  NVI 
.... él os bautizará en Espíritu Santo y fuego. REINA VALERA .
.. he will give you baptism with the Holy Spirit, and with fire: BBE 
 au)to\j u(ma=j bapti/sei e)n pneu/mati a(gi/% kai\ puri/: NESTLÉ-ALAND 27ª ED. 
Introdução          
   Quando lemos a Bíblia é necessário levarmos em consideração uma série de fatores. Para obtermos o significado real de um texto é oportuno lançar mão das regras de hermenêutica levando em conta os abismos: cultural, geográfico, lingüístico, histórico etc.
Não podemos isolar um texto de seu contexto sob pena de gerar um pretexto.    
  Um outro fator importante é diferenciar referência real de referência verbal. A primeira leva em consideração textos que estão relacionados uns com os outros; a segunda leva em consideração somente os textos onde constam determinada palavra estudada. Em um estudo usando somente as referências verbais podemos incorrer em usar um texto que, muito embora encontremos a palavra que estudamos (por exemplo – FÉ), não esteja relacionado ou não tenha o mesmo significado ou aplicação de outro. Devemos levar em conta a semântica das palavras[1].      
    Vejamos:   
          Em Marcos 16.16 o texto refere-se a que tipo de batismo? Caso seja batismo em águas, então o texto defende que essa ordenança é condição Sine Qua Non para a salvação?   
         Em João 6.53 Jesus está ensinando a antropofagia?[2] 
 Certamente que não.     
       A palavra FÉ tem significados diferentes em Hebreus 11.1; 1 Coríntios 12.9; Gl 5.22; At 6.7 
Comentários acerca do texto de Lc 3.16 e Mt 3.11 e contexto     
        O que seria então esse batismo de/com fogo? Já ouvi muita coisa acerca desse assunto. Alguns até entendem que, além do batismo no Espírito Santo o cristão teria a possibilidade de receber também o “fogo” que seria algo além da crença pentecostal de falar em línguas e a atualidade da ação dos dons espirituais. Seria algo místico ainda maior. Tal interpretação, além de gnóstica, não tem respaldo bíblico.         
Para entender o significado desse texto deveríamos observar com cuidado o contexto. O que está acontecendo? Quem falou? Para quem falou? Qual a situação histórica e teológica? Como podemos aplicar as verdades obtidas para os nossos dias? Enfim, devemos realizar a exegese do texto[3].
      Tanto em Mateus 3.4-12 Lc 3.2-17 encontramos o ministério de João o Batista cumprindo Isaías 40.3,preparando o caminho do Senhor, testemunhando acerca do ministério de Cristo. Neste contexto, encontramos as pessoas que desejavam por ele ser batizadas e também fariseus e saduceus (Mt 3.7), além de publicanos[4] e soldados (Lc 3.12,14).       
       Observamos as palavras duras de João o Batista acerca do ministério de Cristo com relação aos desobedientes (Mt 3.7-10; Lc 3.7-9); inclusive em Lucas 3.9 a palavra “fogo” está relacionada com juízo da parte de Deus. Ainda no mesmo capítulo de Lucas no versículo 17 a palavra “fogo” também se refere a juízo, condenação. O versículo 17 não está isolado do versículo 16 e nem do contexto geral do assunto tratado aqui.    
          O mesmo ocorre em Mateus 3.10 onde a palavra fogo segue o padrão de juízo e também no versículo 12 o sentido não muda. Entre esses versículos aparece o texto (v.11) onde João diz que Jesus: “...vos batizará com o Espírito Santo e com fogo.”. Será que nos versículos 10 e 12 a palavra fogo significaria juízo e no versículo 11 significaria alguma espécie de bênção? Não me parece provável.           
 Vale ressaltar também que existem vários tipos de batismos[5] na Bíblia e essa palavra deve ser entendida dentro do seu contexto e nem todas as ocorrências dessa palavra estão relacionadas com batismo em águas ou no Espírito Santo. Inclusive o batismo de João era diferente do batismo cristão. Comentários de outros autores acerca do texto de Lc 3.16 e Mt 3.11 e contexto 
  • A Bíblia de Estudo Plenitude no texto de Lc 3.16 remete para um comentário de Mt 3.11 como segue:
 “O batismo de João é um tipo de experiência de salvação de ser batizado no Espírito. Como o batismo de João colocava o indivíduo dentro da água, o batismo de Jesus coloca o cristão no Espírito, identificando-o como totalmente ligado ao Senhor. O fogo purifica ou destrói. Portanto, a salvação em Jesus Cristo será purificadora para os verdadeiros judeus que o aceitarem como o Messias, e destruidora para aqueles que o rejeitarem.” 
  • A Bíblia de Estudo Genebra comenta assim a questão do fogo em Lc 3.16:
 “O batismo com fogo aponta para o juízo (v.9 nota). A pá ‘para limpar sua eira’ é outro símbolo para o juízo (v. 17)...” 
  • A Bíblia de Estudo NVI assim comenta o mesmo texto:
 “...e com fogo. Aqui , o fogo está associado ao juízo (v.17).....”
  • A Bíblia de Estudo Shedd analisa o texto assim:
 “...Fogo. O contexto (17) parece exigir o sentido de prova, de  julgamento (cf Lc 12.39-53; 1 Co 3.13).”  Ainda a mesma Bíblia comenta Mt 3.11 assim: “Com o Espírito Santo e com fogo. Refere-se ao ministério espiritual de Cristo. Sua obra começou acompanhada pela energia sobrenatural do Espírito Santo, colhendo-se algum ‘trigo’ (os fiéis), e revelando-se quem seria ‘palha’ para julgamento. A doutrina do batismo no Espírito Santo não recebe luzes neste trecho, pois o assunto pertence à época posterior à ressurreição de Jesus (cf 1 Co 12.13).”    
       Alguns outros comentários sobre Lucas 3.16: “...Alguns entendem que a referência ao fogo está em aposição com Espírito,...alguns, que significa a prova,.., outros, que indica julgamento. O contexto favorece esta última idéia...”[6]  
      R. N. Champlin, Ph.D., em sua obra “O Novo Testamento Interpretado Versículo por Versículo”, relaciona o texto de Lc 3.16 com o comentário de Mt 3.11, como segue: “...Há várias interpretações dessas palavras: 1. Alguns acham que aqui temos dois batismos, um do Espírito e outro de fogo, e que esse último fala de juízo, provavelmente até de inferno. Assim interpretaram Origines e outros pais da igreja...alguns bons intérpretes reputam esse batismo de fogo como algo que se refere ao juízo... FOGO COMO SÍMBOLO DO ESPÍRITO SANTO FOGO ? ( Atos 2.3). O fogo, como símbolo do Espírito Santo, fala da sua grande força  em relação às diversas maneiras de sua operação, para corrigir os defeitos da nossa natureza decaída e conduzir?nos à perfeição que deve adornar os filhos de Deus. Mais do que isto, o fogo fala da ação purificadora do Espírito Santo. O Espírito Santo é comparado ao  fogo que aquece, ilumina, espalha?se e purifica.[7] 
   Conclusão           
  Devemos tomar muito cuidado ao interpretar a Bíblia, pois muito embora o Senhor não tome em conta o tempo da ignorância (Atos 17.30), é Seu desejo que cresçamos em graça e conhecimento (2 Pe 3.18; Oséias 6.3).     
        É importante conhecer as regras de hermenêutica e, além de tudo, ter humildade para aprender do Senhor a cada dia.
 Pr. Roberto C. Cruvinel

e Judas havia morrido, e Matias, seu substituto, ainda não havia sido empossado, como Jesus poderia ter aparecido aos doze apóstolos?


Se Judas havia morrido, e Matias, seu substituto, ainda não havia sido empossado, como Jesus poderia ter aparecido aos doze apóstolos?

Texto-base:

“E que foi visto por Cefas, e depois pelos doze” (1Co 15.5).

Analisando os eventos da aparição de Jesus após sua ressurreição, encontramos a informação, do apóstolo Paulo, de que Jesus apareceu aos doze apóstolos logo ao deixar a tumba. A dúvida gerada é: se Judas havia morrido e Matias ocupou seu lugar tempos depois, Jesus não deveria ter aparecido somente para onze discípulos? Por que Paulo citou doze ao escrever aos crentes de Corinto? Isso não afeta e denigre a inspiração da Bíblia e a crença na ressurreição de Jesus?

Primeiramente, “é um erro comum, não raramente feito pelos cristãos, mas também pelos não cristãos, pensar que a ressurreição de Cristo é crida pela Igreja cristã com base na inspiração da Bíblia, colocando-se, assim, em primeiro lugar, a crença na inspiração e, depois, como resultado dela, a crença na ressurreição [...] A crença na ressurreição de Cristo existia durante quase uma geração antes de serem escritos os primeiros documentos do Novo Testamento [...] Por ser esta a ordem histórica, é também a ordem lógica”. Ou seja, a ressurreição é verdadeira por si só, pelas testemunhas oculares, pelas inúmeras provas históricas e, para os cristãos da Igreja primitiva, isso não dependia do fato de a Bíblia ser inspirada ou não. As Escrituras trataram apenas de documentar esse evento.

Em segundo lugar, os opositores da Bíblia e da ressurreição de Jesus vão dizer que são poucos e contraditórios os argumentos cristãos que defendem esse acontecimento sobrenatural. Mas isso não condiz com a verdade. Devido à prolixidade do assunto, não serão debatidas, neste espaço, as provas da ressurreição, mas somente a aparição de Jesus “aos doze”.

Os cristãos não têm apenas parcos argumentos da ressurreição de Cristo, como dizem os opositores. Não são apenas dois ou três argumentos a favor, mas inúmeros. Ao longo do tempo, todas as dúvidas postas pelos críticos foram respondidas com muito requinte pelos teólogos e apologistas. Basta pesquisar em bons livros de teologia e apologética, por exemplo, que as defesas elaboradas são muitas e totalmente convincentes. A verdade é uma só, como sempre ocorre: as críticas são fundamentadas em pressupostos “viciados”. Se o crítico partir para uma análise partidária de qualquer disciplina cristã, de forma tendenciosa, prevendo um final que lhe interessa, tentando tão-somente “desmascarar” os pontos imprescindíveis da fé, sua análise não será verdadeiramente séria e, no fundo, inclinará aos seus interesses particulares.

Em terceiro lugar, a negação da ressurreição de Cristo coaduna melhor com os ideais filosóficos e materialistas dos céticos. O próprio Jesus alertou sobre o fato de que muitas pessoas preferem viver à margem da verdade ética, moral, religiosa, porque seus hábitos não são condizentes com os princípios estabelecidos por Ele e pelo evangelho (Jô 3.19-24). Todavia, isso não significa que todos os intelectuais não-cristãos são céticos quanto à ressurreição ou que não há possibilidade de admiti-la sob hipótese alguma.

Em quarto lugar, não há contradições nos relatos bíblicos das aparições de Jesus aos seus apóstolos e seguidores. A seqüência das aparições é a que segue:
 

Aparição de Jesus ressurrecto

Referências bíblicas

1) A Maria Madalena

Marcos 16.9

2) Às mulheres que retornavam datumba

Mateus 28.8-10

3) A Pedro, em Jerusalém

Lucas 24.34

4) Aos dois discípulos que iam paraEmaús

Marcos 16.12 e Lucas 24.13-32

5) Aos dez discípulos

João 20.19-25

6) Aos onze discípulos

João 20.26-29

7) Aos sete discípulos junto ao Mar da Galiléia

João 21

8) A mais de 500 pessoas

1Coríntios 15.6

9) A Tiago

1Coríntios 15.7

10) Aos onze discípulos em um monteda Galiléia

Mateus 28.16

11) No Monte das Oliveiras, em Betânia

Lucas 24.50-53

12) Ao apóstolo Paulo no caminhopara Damasco

Atos 9.3-6 e 1Coríntios 15.8


O apóstolo Paulo menciona poucas pessoas e situa Pedro em primeiro lugar. Isso, no entanto, tem uma explicação: “Paulo não deu uma lista completa, mas somente a que tinha importância para o seu propósito. Desde que apenas o testemunho de homens era considerado legal ou oficial no século 1o, é compreensível que o apóstolo não tenha listado mulheres na defesa que ele fez da ressurreição”.

Em último lugar, tanto Paulo (1Co 15.5) quanto Marcos (Mc 16.14; Jô 20.19-25) redigiram números cheios naturalmente, pois utilizavam o termo no sentido coletivo, tendo em mente o colegiado apostólico e não um número definido de pessoas. “A expressão, ‘os doze’, entretanto, era usada como termo genérico para se referir aos apóstolos originais de Cristo, designando seu ofício apostólico e não seu número exato”.

 

Afinal, o testemunho de Jesus é verdadeiro ou não?

Textos-base:

“Se eu testifico de mim mesmo, o meu testemunho não é verdadeiro” (Jo 5.31).

“Respondeu Jesus, e disse-lhes: Ainda que eu testifico de mim mesmo, o meu testemunho é verdadeiro” (Jo 8.14).

Diante desses dois textos que aparentam contrariedade, devemos perguntar:

• O testemunho de Jesus só pode ser validado por outro homem?

• O testemunho a respeito de si próprio é válido?

• Por que precisava de outros testemunhos?

Para responder à primeira e à terceira pergunta, temos de ser sinceros e aceitar que realmente alguém só deveria ser acreditado se pudesse provar, por testemunhas, suas reivindicações. Se alguém testemunhasse de si mesmo às autoridades rabínicas, diante de um tribunal, seu testemunho não seria considerado válido. Ora, esse não é o procedimento normal, até mesmo na sociedade contemporânea, alguém apelar para a justiça dos homens quando seu caso é julgado diante de um juiz? Isto é, de alguma forma, Jesus necessitava de algum tipo de testemunho a seu respeito para que provasse sua messianidade, por exemplo. Jesus não precisava testemunhar de si próprio que Ele era o Messias tão esperado pelos judeus, mas, para que os judeus acreditassem nele, outras pessoas deveriam dar testemunho a seu respeito. Para isso, Jesus contava com testemunhas externas. E teve essa prova em diversas ocasiões. Em resumo: seus milagres foram vistos por inúmeras pessoas. João Batista deu testemunho a seu respeito (Jo 1.7,15,19). E o próprio Deus deu testemunho de Jesus em dois episódios: no batismo e no momento da transfiguração (Mt 3.16,17; 17.5).

É relevante atentar para a história do povo hebreu. A vinda de um Messias, salvador e libertador, era um pensamento normal na cultura judaica. O povo judeu, por diversas vezes, esteve sob jugos estrangeiros: egípcios, babilônicos, persas, gregos, sírios, romanos, entre outros. Na época dos juízes, ainda que as pressões sobreviessem dos povos semitas, alguns “parentes” dos judeus, Deus levantava juízes que, na verdade, eram libertadores do domínio inimigo. Não foram poucos os anos passados em terras distantes, estranhas e em situações adversas. Por isso, o assunto sobre a vinda de um Messias enchia de esperança o povo judeu. Chegando o tempo proposto por Deus o Messias veio, porém, os judeus estavam equivocados quanto às suas atribuições.

Em João 1.41, o discípulo André disse a seu irmão Simão Pedro: “Achamos o Messias (que, traduzido, é o Cristo)”. Filipe disse a Natanael: “Havemos achado aquele de quem Moisés escreveu na lei, e os profetas: Jesus de Nazaré, filho de José” (Jo 1.45). Ao dialogar com Jesus, a mulher samaritana disse: “Eu sei que o Messias (que se chama o Cristo) vem; quando ele vier, nos anunciará tudo” (Jo 4.25). Ao que Jesus, prontamente, respondeu: “Eu o sou, eu que falo contigo” (Jo 4.26). Daí em diante, a mulher passa a testemunhar de Jesus. “Deixou, pois, a mulher o seu cântaro, e foi à cidade, e disse àqueles homens: Vinde, vede um homem que me disse tudo quanto tenho feito. Porventura não é este o Cristo? Saíram, pois, da cidade, e foram ter com ele. E muitos dos samaritanos daquela cidade creram nele, pela palavra da mulher, que testificou: Disse-me tudo quanto tenho feito” (Jo 4.29,30,39).

Esses exemplos provam que as pessoas têm necessidade de testemunhar sobre Jesus. Ou seja, Ele não precisava falar de si próprio que era o Messias prometido no Antigo Testamento. Os testemunhos a respeito de Jesus procederam de pessoas simples, sinceras, e eram testemunhos verdadeiros (se bem que não de todos). A questão do “testemunho de Jesus não ser verdadeiro” deve ser entendida no sentido de que “palavras sem a necessária confirmação de santidade e poder não convencem. Os judeus, baseados nos seus preconceitos, atribuíram maldade a Jesus. E Jesus, por sua vez, defendendo suas reivindicações messiânicas, apela para a regra bíblica que exigia duas testemunhas (Nm 35.30; Dt 17.6)”.

Em suma, a resposta à segunda pergunta (O testemunho a respeito de si próprio é válido?) é afirmativa: SIM! Jesus não era somente o Messias prometido, mas também Deus encarnado. Sendo assim, apenas o testemunho humano não é pleno. Ora, Jesus falava com propriedade do que já havia experimentado na eternidade. Ao orar ao Deus Pai, disse: “E agora glorifica-me tu, ó Pai, junto de ti mesmo, com aquela glória que tinha contigo antes que o mundo existisse” (Jo 17.5). Para Nicodemos, asseverou: “Ora, ninguém subiu ao céu, senão o que desceu do céu, o Filho do homem, que está no céu” (Jo 3.13).

O texto de João 8 sugere que a discussão tinha a ver com o perdão de Jesus outorgado à mulher pecadora. Quando Jesus diz “quem me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida”, obviamente está se referindo a algo muito maior do que ter o messianismo endossado pelos judeus. Fala de algo espiritual, místico, metafísico e, neste sentido, Ele não precisa do endosso de um ser humano. Tanto é assim que os fariseus disseram a Jesus: “Tu testificas de ti mesmo; o teu testemunho não é verdadeiro”. Ao que Jesus rebateu: “Ainda que eu testifico de mim mesmo, o meu testemunho é verdadeiro, porque sei de onde vim, e para onde vou; mas vós não sabeis de onde venho, nem para onde vou” (Jo 8.13,14).

Pelo fato de Jesus ser o Emanuel (Deus conosco), não necessita de provas humanas. Jesus, como todo bom judeu, conhecia bem as normas e os regimentos prescritos aos judeus e, logicamente, como em outros casos muito mais complexos, não os violaria. Contudo, no caso em questão, Cristo não falava como um simples judeu, mas, sim, como o Soberano do Universo, por isso não precisava de testemunhos. Até porque, os inquiridores de Jesus não estavam aptos a testemunharem a respeito dele, e muito menos a aceitarem seu próprio testemunho.

Norman Geisler arremata: “O testemunho de Jesus não era verdadeiro: oficialmente, legalmente e para os judeus, mas era verdadeiro “factualmente, pessoalmente e em si mesmo”. Jesus tinha os testemunhos completos: das pessoas alcançadas por Ele, de, até mesmo, alguns de seus inimigos e dele próprio.

Participantes desta edição:

Jaqueline Costa Melo
Hudson Silva

Notas:

1 PIETERS, Albertus. Fatos e mistérios da fé cristã. São Paulo: Editora Vida Nova, 1979, p.114.
2 GEISLER Norman & HOWE Thomas. Manual popular de dúvidas, enigmas e “contradições” da Bíblia. São Paulo: Editora Mundo Cristão, 1999, p 375.
3 Russel Norman Champlin Comentário de I Coríntios 15.5.. São Paulo: Editora Candeia.
4 Bíblia Vida Nova. Comentário de João 5.31. São Paulo: Sociedade Bíblica do Brasil, 1999.
5 GEISLER Norman & HOWE Thomas. Manual popular de dúvidas, enigmas e “contradições” da Bíblia. São Paulo: Editora Mundo Cristão, 1999, p. 418.